Poor Things" e a Intersecção da Perversão, Identidade e Sociedade Introdução ao Filme "Poor Things" (Pobres Criaturas
Poor Things" e a Intersecção da Perversão, Identidade e Sociedade -Introdução ao Filme "Poor Things" (Pobres Criaturas
"Poor Things" é uma obra cinematográfica que articula uma crítica à modernidade e suas contradições através da história de Bella Baxter, que renasce com uma mente infantil em um corpo adulto após um suicídio. Este filme explora profundamente temas como identidade, desejo, poder, moralidade, e particularmente a perversão, enquadrados dentro de uma complexa estrutura psicanalítica.
Análise de Aspectos Destacados
1. Identidade e Transformação – Neurose e Perversão e A Morte de Uma Cultura de Proibição
A cena inicial do suicídio de Victoria em "Poor Things" é crucial para a compreensão do desenvolvimento temático e psicológico do filme. Este ato dramático não apenas marca a transição física de Victoria para Bella, mas também simboliza uma transformação profunda na identidade psíquica da personagem.
No contexto psicanalítico, a neurose e a perversão são duas estruturas de funcionamento psíquico que diferem fundamentalmente na maneira como lidam com a proibição e o desejo. A neurose é frequentemente caracterizada por um conflito interno significativo, culpa, e um forte investimento no complexo de Édipo, que estabelece a lei paterna como um limite para o desejo. Neste cenário, a morte de Victoria pode ser interpretada como o colapso de uma identidade neurótica que é consumida pela culpa e pela repressão.
A transformação de Victoria em Bella ilustra a morte de uma cultura dominada pela proibição e pelo peso da lei, aspectos típicos da estrutura neurótica. A "morte" de Victoria e o nascimento de Bella, com suas características perversas, refletem uma ruptura com essa ordem repressiva. Em Bella, vemos a emergência de uma nova ordem que desafia as normas tradicionais, não sendo regida pela culpa, mas pela busca de prazer sem as barreiras impostas pelo superego neurótico.
Lacan argumenta que o desejo é estruturado em torno do que é proibido, o que é fundamentalmente perdido, e como tal, nunca pode ser totalmente satisfeito. A transição de Victoria para Bella pode ser vista como uma manifestação deste princípio: ao morrer, Victoria "perde" a estrutura neurótica de desejo baseada na proibição e no conflito, dando lugar a Bella, cujo desejo não está limitado pela lei tradicional. Esta nova identidade reflete uma perversão no sentido lacaniano, onde a lei não é mais o ponto central que estrutura o desejo, mas algo que pode ser abertamente desafiado e negociado.
Portanto, o suicídio de Victoria não é apenas um fim, mas um renascimento que desafia compreensões convencionais de moralidade e identidade. Através de Bella, "Poor Things" explora uma fronteira psicológica onde os limites entre neurose e perversão são não apenas cruzados, mas redefinidos, refletindo uma profunda crítica cultural e filosófica às normas que governam o desejo e a identidade.
2. Perversão e Sexualidade
A seção "Perversão e Sexualidade" do filme "Poor Things" proporciona uma análise complexa das interações entre desejo, lei, e identidade, utilizando o personagem de Bella para explorar a natureza multifacetada da perversão conforme entendida pela psicanálise.
Bella Baxter, ao longo do filme, personifica a perversão psicanalítica, caracterizada por um desejo que transgride tabus e ignora limites morais tradicionais. A cena em Lisboa, particularmente, destaca essa exploração sexual desinibida, onde Bella não só busca prazer sem restrições, mas também desafia a distinção entre o que é considerado propriamente humano e o que é relegado ao animalístico. Esta questão de "bestialidade" toca em debates profundos sobre a natureza do desejo humano e suas raízes animais, questionando se existe realmente uma barreira clara entre os impulsos humanos e animais.
A condição de Bella, com sua mente de criança, evoca a noção freudiana de onipotência infantil, onde as crianças se percebem como centrais, poderosas e não submetidas às restrições impostas pelos adultos. Esta onipotência é também uma forma de perversão, no sentido de que desafia diretamente a lei paterna — a Lei simbólica que regula o desejo e a interdição. Bella, em sua rejeição ao "não" paterno e na sua busca incessante por satisfazer suas próprias vontades, ilustra essa dinâmica de uma maneira extremamente literal e simbólica.
O relacionamento de Bella com o médico seu criador “God”, que varia entre cuidado paternal e permissividade, exemplifica a complexa dinâmica da perversão onde o "não" paterno é constantemente testado e frequentemente ignorado. Este relacionamento não apenas questiona o papel tradicional de autoridade parental, mas também explora como a autoridade pode ser compreendida e internalizada em um contexto onde as normas e limites são fluidos. O médico, por um lado, tenta estabelecer algum tipo de ordem ou limite, mas por outro, cede aos caprichos de Bella, refletindo a tensão entre controle e liberação no contexto da perversão.
Bella, como uma figura que simultaneamente encarna papéis de mãe e filha para si mesma, destaca uma autonomia radical em termos de sua identidade e desejos. Ela olha o mundo não apenas através de uma lente de curiosidade e desejo, mas também com a intenção de moldá-lo aos seus próprios termos. Ao rejeitar o pai, o corte, a lei, e o "não", Bella personifica a luta contra as restrições externas impostas sobre a sua vontade e desejos, um tema central na perversão como estrutura psíquica.
Através de Bella e suas interações no filme "Poor Things", a narrativa explora profundamente a natureza da perversão, não apenas como uma categoria clínica, mas como uma condição existencial que questiona as bases sobre as quais construímos nossas identidades, regulamos nossos desejos e entendemos nossas relações com os outros e com a lei. Esta análise não apenas ilumina aspectos chave da teoria psicanalítica, mas também proporciona um terreno fértil para discutir a interseção entre liberdade individual, ética social, e a natureza fundamental do humano.
3. Moralidade e Crítica Social e a Falência da Lei Simbólica
A seção "Moralidade e Crítica Social" em "Poor Things" explora a complexidade dos papéis éticos e morais das figuras de autoridade representadas pelo médico e pelo advogado. Ambos desempenham papéis cruciais que refletem a falência da lei simbólica e a crise das instituições tradicionais na regulação dos comportamentos perversos, desdobrando-se em uma análise rica das dinâmicas sociais e psicológicas.
O médico, referido como “God”, ilustra uma figura paternal complexa e ambígua. Ele é, ao mesmo tempo, o criador e o guardião de Bella, assumindo uma posição de autoridade e controle. No entanto, sua própria perversão e condição física impõem limites ao seu papel. A afirmação de que "toda sexualidade é imoral" reflete um conflito interno profundo entre seus deveres profissionais e pessoais e suas inclinações perversas. Esse paradoxo é desafiado pelo médico estudante romântico, que representa uma visão mais idealista e possivelmente suave da moralidade, contrapondo a perspectiva cínica de “God”. Este conflito ilustra uma falha na transmissão da lei simbólica, onde o Nome-do-Pai deveria estruturar e limitar o desejo, mas aqui falha, deixando espaço para o surgimento de impulsos desregulados.
O advogado, descrito como sem escrúpulos e pseudo-amante da liberdade, representa outra falha na estrutura moral da sociedade. Sua postura de liberdade ilimitada, onde defende uma ética de prazer sem restrições, entra em conflito com a realidade da liberdade de Bella, que busca um gozo sem limites, uma representação do "mais de gozar" na terminologia de Lacan. Este confronto destaca a inadequação das normas sociais convencionais em lidar com desejos que transcendem o círculo moral estabelecido, apontando para a insuficiência das figuras de autoridade em regular comportamentos que desafiam a ordem simbólica.
A interação entre essas duas figuras de autoridade e Bella serve como uma crítica penetrante das instituições modernas e de seu papel na regulação do comportamento individual. Ambos, médico e advogado, falham em suas capacidades de guiar ou controlar adequadamente, refletindo uma crise mais ampla na lei simbólica que Lacan e Freud identificam como central na organização da sociedade e na psique individual. A falência desta lei não só permite mas potencializa a emergência de uma estrutura perversa na qual os desejos e impulsos são explorados de maneira descontrolada e potencialmente destrutiva.
Portanto, em "Poor Things", a moralidade e a crítica social são exploradas através das complexidades e falhas das figuras de autoridade. Estas figuras, que deveriam encarnar a lei e a ordem moral, são retratadas como falíveis e incapazes de conter ou guiar adequadamente a perversão, refletindo a dificuldade da sociedade em lidar com as transgressões dos seus membros mais desafiadores. A análise destas dinâmicas não apenas questiona a eficácia das estruturas de poder existentes, mas também provoca uma reflexão sobre a natureza da lei, da autoridade e da moralidade numa era de complexidades crescentes.
4. Dinâmicas de Poder e Liberdade
As "Dinâmicas de Poder e Liberdade" no filme "Poor Things" são cruciais para entender como a perversão interage com as normas sociais e a busca pela liberdade. Diversas cenas revelam uma luta intensa entre as convenções sociais e a liberdade individual, especialmente no que diz respeito ao desejo e ao prazer.
Bella, como protagonista, personifica a transgressão das normas sociais ao desafiar abertamente as expectativas sobre como uma mulher deve comportar-se em relação ao seu corpo e seus desejos. Esta rejeição das normas é exemplificada na maneira como ela explora sua sexualidade sem limites, buscando prazer de todas as formas possíveis. A descrição de que o prazer de Bella chega a enojar e a causar dor ressalta a natureza extremamente dualista da liberdade perversa: é tanto uma libertação quanto uma forma de autodestruição.
A interação entre os perversos e os neuróticos no filme ilumina uma divisão profunda na compreensão e na tolerância do comportamento desviante. Pessoas com estruturas de personalidade perversa, como Bella, não reconhecem os limites impostos pela sociedade neurótica, que se baseia em controle, culpa, e restrição. Por outro lado, os neuróticos lutam para aceitar ou entender a ausência de culpa e a busca desenfreada pelo prazer que caracteriza os perversos. Este conflito é marcado por uma incapacidade mútua de compreensão e aceitação, levando a tensões e conflitos que podem ser tanto internos quanto externos.
O filme também explora como o amor é percebido e praticado diferentemente por esses dois tipos psicológicos. O neurótico, operando sob uma lógica de culpa e controle, contrasta fortemente com o perverso, que ama de maneira pragmática e egoísta. Esta diferença fundamental torna as relações entre tais tipos profundamente problemáticas e frequentemente insustentáveis, como visto na interação entre Bella e o médico estudante romântico. A sugestão de que o neurótico "precisaria perdoar sempre" reflete a constante necessidade de negociação e concessão para manter qualquer forma de relacionamento estável com um perverso.
Um dos aspectos mais perturbadores da perversão, como apresentado no filme, é a potencial transformação do prazer em crueldade. Quando o prazer não é mais suficiente ou quando se torna tão intenso que transborda os limites do aceitável, ele pode se tornar cruel. Este é o risco da liberdade perversa: ao desafiar todas as restrições, ela pode acabar por destruir não apenas as convenções sociais, mas também o próprio indivíduo.
"Poor Things" usa as dinâmicas de poder e liberdade para desafiar nossa compreensão das normas sociais e das capacidades humanas para o prazer e a dor. Ao fazer isso, o filme não apenas questiona os limites da moralidade e da ética, mas também explora profundamente o conflito entre diferentes estruturas psicológicas e suas implicações na vida social e pessoal. Esta análise das cenas de rejeição das convenções sociais proporciona uma visão crítica de como a liberdade e o controle são negociados no contexto das relações humanas.
5. Complexidade dos Relacionamentos Humanos
A "Complexidade dos Relacionamentos Humanos" em "Poor Things" é destacada nas cenas onde as interações de Bella ilustram uma tapeçaria rica de desejos, restrições e conflitos internos. Essas cenas exploram a natureza do amor em um contexto saturado pela perversão, questionando os paradigmas de relacionamentos saudáveis e patológicos, e desafiando os limites do prazer sexual dentro de uma sociedade altamente regulada.
As relações de Bella são marcadas por uma busca incessante por novidade e excitação, que são características essenciais da perversão. Esta busca incansável não apenas molda sua interação com os outros, mas também serve como um campo de teste para as estruturas sociais e pessoais dentro das quais essas relações ocorrem. O modo como outros personagens reagem a Bella — aceitando ou rejeitando suas dinâmicas — fornece um comentário profundo sobre o que é considerado aceitável ou saudável em termos de relacionamentos humanos.
A questão dos limites para o prazer sexual é central nas interações de Bella. O filme explora como esses limites são frequentemente impostos por normas sociais que visam regular o comportamento sexual para mantê-lo dentro de certos padrões "aceitáveis". A fala do estudante de medicina, "pessoas educadas não fazem isso", encapsula o conflito entre a educação e a repressão sexual, destacando o papel da educação como uma força castradora que Freud identificou como parte essencial do processo civilizatório. Esta educação não apenas molda, mas também limita, as expressões de desejo ao inculcar uma noção de culpa e vergonha associada ao prazer.
Freud argumentou que a civilização é construída sobre a repressão dos impulsos básicos do ser humano, especialmente os sexuais. Este processo de repressão é necessário para a manutenção da ordem e da sociabilidade, mas também leva a uma "sociedade infeliz" onde o prazer livre é sacrificado em nome da coexistência pacífica. Em "Poor Things", Bella desafia esta ordem repressiva ao rejeitar as normas que limitam seu prazer, agindo como um catalisador para questionar se a repressão é realmente necessária ou benéfica.
O filme sugere que os critérios para avaliar se um relacionamento é saudável ou patológico podem ser relativos e variáveis. Enquanto a sociedade tende a estigmatizar relações que fogem às normas, Bella representa uma perspectiva onde o prazer e a satisfação pessoal são colocados acima das convenções. Isso levanta questões significativas sobre a validade e a utilidade das normas sociais que definem os relacionamentos "normais".
Através de Bella e suas interações complexas com outros personagens, "Poor Things" desafia os espectadores a reconsiderar as normas que regem os relacionamentos e a sexualidade. Ao destacar a tensão entre o desejo individual e a repressão social, o filme não apenas expõe as falhas nas estruturas de poder e moralidade, mas também convida a uma reflexão sobre a possibilidade de uma nova ordem social onde o prazer não seja tão rigidamente controlado ou demonizado. As dinâmicas exploradas nas cenas de amor e perversão revelam a intricada relação entre liberdade, desejo e as leis que tentam moldar a conduta humana.
6. Perversão como Metáfora Social
A "Conclusão - Perversão como Metáfora Social" no filme "Poor Things" serve como um poderoso comentário sobre o estado atual da sociedade, explorando como as normas culturais e sociais podem influenciar e até mesmo distorcer as interações humanas. A cena final do filme não é apenas um desfecho narrativo, mas uma síntese crítica das temáticas desenvolvidas ao longo do filme, destacando a prevalência da perversão como uma força que permeia todos os aspectos da vida contemporânea.
Na cena final, Bella e os personagens ao seu redor simbolizam as várias facetas da perversão na sociedade moderna. Cada personagem, através de suas ações e interações, reflete diferentes maneiras pelas quais a perversão se manifesta no cotidiano, não apenas no sentido sexual ou psicanalítico, mas também em termos de desvios éticos, morais e sociais. Esta representação sugere que a perversão não é um fenômeno isolado ou anormal, mas uma condição intrínseca às estruturas sociais contemporâneas.
A tese central do filme sugere que a sociedade contemporânea, ao favorecer o desrecalque e a satisfação imediata dos desejos, contribui para a construção de uma estrutura cada vez mais perversa. Este processo de desrecalque não apenas permite, mas encoraja a expressão sem restrições de desejos e impulsos, enfraquecendo os laços sociais tradicionais que antes regulavam e limitavam tais expressões. O resultado é uma rede de relações que são simultaneamente mais livres e mais fragmentadas, onde o individualismo e a busca pelo prazer pessoal muitas vezes suplantam o bem comum ou a coesão social.
A cena final também reflete sobre como os discursos sociais contemporâneos — seja o feminismo, o socialismo, ou outras ideologias e crenças — estão permeados por esta estrutura perversa. Esses discursos, embora frequentemente fundamentados em ideais de liberdade e igualdade, podem também reproduzir dinâmicas de poder e exclusão que contradizem seus princípios originais. A perversão, neste contexto, não se refere apenas a comportamentos sexuais desviantes, mas a uma distorção mais ampla na maneira como o poder e a liberdade são concebidos e praticados dentro da sociedade.
Portanto, a cena final de "Poor Things" não é apenas um resumo das trajetórias individuais dos personagens, mas um comentário abrangente sobre a condição humana dentro de uma sociedade cada vez mais permissiva e desregulada. Ao fazer da perversão uma metáfora para a complexidade e os desafios da vida social moderna, o filme desafia o público a refletir sobre as consequências de um mundo onde os limites entre o saudável e o patológico, o ético e o antiético, tornam-se cada vez mais tênues. Esta análise final destaca a relevância do filme não apenas como uma obra de arte, mas como uma crítica cultural essencial que questiona a direção e os valores da sociedade contemporânea.
Conclusão
"Poor Things" vai além de ser uma simples narrativa de transformação pessoal de sua protagonista, Bella. O filme se estabelece como uma ferramenta crítica para explorar as complexidades intrínsecas da sociedade contemporânea, através de uma lente psicanalítica profundamente enraizada na teoria da perversão. A habilidade do filme de entrelaçar as trajetórias de seus personagens com discussões sobre desejo, poder e identidade revela como esses elementos são continuamente moldados e remodelados em um mundo que valoriza cada vez menos os limites tradicionais.
A análise psicanalítica proporciona ao filme uma estrutura para explorar a fluida dinâmica entre normas sociais e comportamento humano, destacando como a perversão, longe de ser um mero desvio, é uma manifestação da condição humana sob as pressões da modernidade. A perversão, conforme apresentada no filme, não se limita a comportamentos ou desejos sexuais, mas se infiltra nas estruturas de poder e nas relações interpessoais, desafiando a rigidez das identidades tradicionais e propondo um questionamento sobre o que é considerado "normal" ou "aceitável".
O impacto do filme sobre o público e a cultura em geral se amplia pela maneira como ele provoca reflexões sobre a liberdade pessoal em contraste com as expectativas sociais. "Poor Things" critica a tendência de simplificar a complexidade do comportamento humano a meras categorias clínicas ou sociais, e oferece uma visão mais nuanceada sobre a luta entre liberação e restrição.
Em última análise, "Poor Things" é mais do que uma obra de entretenimento; é um comentário incisivo sobre os tempos modernos. Ele desafia os espectadores a repensar não apenas suas próprias vidas, mas também as estruturas sociais que influenciam profundamente nossas ações e nosso entendimento de nós mesmos. Esta abordagem torna o filme uma contribuição valiosa para o discurso sobre a modernidade, a ética e a evolução da psique humana em uma era cada vez mais desregulada.
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